Mais uma novidade da Mahasin este ano é que teremos colunas fixas de pesquisa de ritmos, que é essencial para nós bailarinas! Começarei pelos ritmos de dois tempos e depois irei progredindo! Vamos começar pelo Ayoub!
Não se sabe ao certo a origem do ritmo, a maioria dos estudiosos aposta que o nome vem de uma rádio no Egito, que tocava músicas com este ritmo. O que sabemos de maneira confiável é que ele é tocado da Turquia ao Egito e que é bem conhecido por nós Brasileiras!!!
É um ritmo de dois tempos e de compasso 2/4, formado apenas por um KA e um DUM. A frase completa fica assim:
DUM KA DUM KA DUM
Uma das principais características deste ritmo é possuir variadas opções de velocidade, assim como sua cadência marcante e embalada. O ritmo rápido é encontrado em músicas clássicas, bem como em solos de derbak, por sua construção rápida e constante é utilizado nas entradas das músicas e combina muito com deslocamentos, já sua versão lenta é encontrado nas músicas folclóricas Zaar ou no meio das músicas clássicas.
Existe um passo que também chama ayoubi: com uma perna levemente na frente da outra, você transfere o peso para trás e neste momento faz uma batida com o quadril. Você pode fazer isso andando ou no lugar, brincando com deslocamento de pescoço e com movimentos de mãos e cabeça. Diferente do passo do ritmo soud, este pode ser “pisado”, ou seja, levantando o pé do chão, enquanto que, o utilizado para o folclore do Khaleege precisa necessariamente ser “arrastado”.
O ritmo Ayuob aparece dentro dentro do ZAAR, esta é uma dança folclórica que nada mais é do que uma cerimônia de transe do Norte da África e Oriente médio, tecnicamente esta prática foi proibido pelo Islã, mas continua a ser parte essencial dessas culturas.
O Zaar é melhor descrito como um “culto de cura” que usa tambores e dança em suas cerimônias, as pessoas envolvidas no culto usam galabyas ou túnicas simples, brancas, ou algodão cru, e dançam girando e rodando a cabeça, entrando numa forma de transe, onde diz que há a expulsão de espíritos malignos do corpo da pessoa.
Os giros do corpo e da cabeça acompanham as batidas e marcações da música e uma pessoa guia a cerimônia utilizando um defumador. As cerimônias Zaar se estabeleceram no Sudão nos anos 1820 e foram proibidas pela lei de Shari’a em 1983.
Fica a Dica
É um ritmo constante, ou seja, não possui emendas, o que facilita a bailarina para fazer amplos deslocamentos, principalmente em entradas e finalizações de músicas clássicas!
Passos
Passo Ayoub, gingado Ayoub, chassé, giros e andadas amplas são boas pedias para acompanhar este ritmo!
Abaixo um video para ilustrar.
Bons estudos!
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